sábado, 22 de setembro de 2007

Tensão




Tensão
Tânia Regina Cardoso

A dor insuportável,
antagônica, são dias desfeitos,
encerra o necessário, o indispensável
latente, sangra o peito.

A complacência não gera satisfação
encarapuçada, sem memória,
nefasta, é pura sonegação
denegrindo o final dessa história

Vão-se os sonhos, sem determinação
a vida, a busca, procura o não,
o caráter emudeceu.

Vivo, mesmo sendo um fantasma de ilusão,
a cada dia um novo desafio, tensão,
no palco da vida, o roteiro se perdeu.

SP 19/09/2007

Pétalas do Amar - Dueto




Pétalas do amar
Tânia Regina Cardoso//Carlos Duarte


Oh amor, ilusão em poemas,
letras que o coração concentra,
saudade até das quimeras
das flores sempre tão belas!

o amor é como uma flor
o desamor é o despetalar da flor
onde há pétalas, há amor,
onde há o despetalar,
é certo o amor acabar!


mas a flor é tão sensível,
tem uma vida efêmera,
se o amor é tão delicado,
será que vale a pena??

sensível é a pétala
o despetalar a insensibilidade.
onde há meu amor,
há pétala da sensibilidade.


assim se torna sublime,
uma pétala vibrante,
viverá por toda eternidade,
perpetuando-se em corações distantes

o veludo do petalar
é como um sino a tintilar
mostrando a delicadeza do verbo
e do ato de amar!
21/09/2007

Poemas Murmurados - Adriano Hungaro


POEMAS MURMURADOS


Me deixa ouvir sua voz mais uma vez
Eu quero ouvir sua voz e os seus gemidos
Com poemas murmurados de suplícios
Com poemas de amor em meus ouvidos

Me deixa ouvir sua voz mais uma vez
Eu quero renovar os meus sentidos
Pois ouvindo a sua voz mais uma vez
Afasto a dor do tédio que é comigo

Me conte os teus poemas sussurrados
Poemas que são tão apaixonados
Poemas para a minha noite em claro
Poemas que me deixam estonteado

Poemas murmurados em meus ouvidos
Poemas de amor aos meus sentidos



Adriano Hungaro
Agradeço ao carinho do Adriano por permitir a publicação de seu poema em meu blog

sábado, 15 de setembro de 2007

Presente da Lanita

A você amiga Tânia Regina Cardoso

A você que foi presença
Que é presença
E que me ofereceu ajuda
Partilhando comigo momentos
A você que me fez e faz
Sentir-me muito especial
Com todos os meus defeitos
Sonhos e projetos.
A você que me deu como agrado
A desinteressada amizade
Com gestos concretos
Palavras, conselhos
Escuta e ensinamento
A você que dividiu tempo-qualidade
Para estar comigo
Preenchendo minha vida de mais alegria
Fé, capacidade, imagens e sons
A você que comigo planejou, realizou
Ensinou tantas coisas lindas para
Na minha história dar mais graça
Encher de vida, a minha vida...
Só me resta dizer
Muito obrigada
E desejar que
Deus te dê tudo que necessitas
E que em seguida lhe dê
O que desejas.

Lanita F de Paula do Prado.


quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Oração de poetas


Oração de poetas
Carlos Duarte//Tânia Regina Cardoso

poetisa...
poeta!!!
em tuas letras me alfabetizo
em teu canto me realizo
com teu olhar me simpatizo
com teu carinho me delicio
com teu saber me enriqueço
com teus versos confraternizo
do teu amor nunca me esqueço
do teu saber me abasteço
da tua reza, sei que não mereço
tua oração veio do berço
até hoje guardo aquele terço
eu também tenho o teu terço
que me destes de coração
que recebe minha oração
que não sai por nada de minha mão
simboliza nossa união
que lembro de você á toda hora...
e seguirá pela vida afora
que pendurei em Nossa Senhora
e muitas vezes eu vislumbrei
que parece todo dia te agradecer
nos agracia com o bem querer
ajuda pra eu nunca te esquecer
e faz feliz nosso viver...
Amém!


12/09/07

Eternizado


Eternizado
Tânia Regina Cardoso


Em meus versos
confesso
meu universo
vivo
na poesia
a alegria
o amor
a dor.
Invade
a nostalgia
a saudade
uma noite
o toque
de sua mão
carinho
sedução
era inverno
e você
me aquecia
nessa noite
entre o mar
e a neblina
a face rubra
coração acelerado
um passeio
ao seu lado
eternizado.

SP 11/09/2007

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Exaustão


Exaustão
Tânia Regina

Em quimera
baseei a vontade.
Entre cinzas
plantei a verdade.
No pensamento
voei ao encontro da liberdade.
Sem alicerce
conheci a maldade.
Na alma o choro da sensibilidade,
o pranto carregado de necessidade,
buscando um resto de dignidade,
exaurindo até completa fragilidade,
Já não são futilidades!
Sigo o caminho da realidade,
acompanhada de lágrimas
que gritam a minha saudade.
No declínio da maturidade,
parto em busca da eternidade!

SP 01/04/2007

Cúmplice

Cúmplice

Somos cúmplices
em ações e emoções,
nos destinos paralelos,
nos amores sinceros,
no querer e ter.
Sempre próximos
na imensa distância
separados no cotidiano
intrínseco que nos detém.

Somos cúmplices no desejo
inflado de paixão,
que nos remete a delírios
incomensuráveis, sem pudores
repleto de amores.
No tato, o calor de nossos abraços
no olfato, o cheiro de corpos suados
no paladar o sabor dos beijos trocados
na audição, o ronronar do prazer saciado
na visão, o carinho dos teus olhos nos meus.
Entrega única, insaciável
mas sempre terna, envolvente
meus carinhos e os teus.

Nessa cumplicidade de amantes
buscamos a paz que o amor traz
em sensações infinitas
divagamos por espaços
nunca antes encontrados
vivemos uma grande magia
mesmo estando separados...

Estamos inundados de AMOR !

Tânia Regina Cardoso
SP 04/03/04

Ânseios


Ânseios

Máscaras constantes escondem olhares
Ânseios vulgares, talvez...
Desejos reprimidos
Beijos devolvidos
Afetos, carinhos...sem vez

Entregas exfusiantes
Vontade flamejante
Loucura total pelo seu ideal
Parceiro romântico, quiças um amante
com toda volúpia, sedução
desejos e adoração

Corpos se entrelaçam
bocas se unem
tudo se funde
no mesmo prazer
Gemidos ecoam,
coroam um encontro,
e dois se tornam
um único ser.

Paixão floresce,
afagos constantes,
delírios incessantes.
Infindável entrega
de almas gêmeas
no mesmo sonho
de se conhecerem.
É o AMOR, grande vencedor
nessa entrega maior.
Onde os anjos definem
por toda eternidade
como esses amantes apaixonados
irão amar e viver ...

Tânia Regina Cardoso
SSA, 23/10/2002

Amar sem saber

Amar sem saber
Tânia Regina Cardoso//Carlos Duarte

Amar sem saber,
será que é bom ?
Será que é real?
um sentimento tão mortal,
que ilude e anseia,
que faz o coração pulsar ofegante ,
deixando tudo tão excitante.
amar sem saber é ser estapeado sem doer
é beijar sem perceber
é ver em plena noite o sol nascer

Amar sem saber
entrega transitória
da vida
desenhando uma história
amar sem saber
é como perecer e renascer
amar sem saber é se dar conta do bem
é melhorar pra você e pra mais alguém
Amar sem saber
é dividir anseios
buscar a realidade
entregar de verdade para então conhecer
o amor em igualdade
amar sem saber é saber mais que tudo na vida
é curar com beijos uma antiga ferida
amar sem saber é perigoso feito bala perdida
amar sem saber é ser sensual
tudo é excitante e nada te faz mal

Amar sem saber não é um ato parcial
faz a vida trilhar fora do normal
é um bem tão mortal, imponente etc e tal...
que por mais que se sofra na vida
por mais que a fragilidade suicida
ainda assim, te torna imortal!
passando a ser real!

30/06/07 03:21h

Alma de Poeta

Alma de poeta
Tânia Regina Cardoso

Alma de poeta não tem sexo,
voa célere entre seus versos
faz rimas com ou sem nexo,
traduz côncavo em convexo.
Sonha, sonhos amenos,
sonhados com sentimentos
da mente ao papel
coloridos por seu pincel.
Com as asas da imaginação,
voa em seu alazão,
busca seu pedaço de chão
em nuvens de algodão.
Cavaleiro andante,
nobre mutante,
faz da fantasia
palavras de magia.
Vive assim sua verdade
com tanta intensidade
que a maior ilusão
transforma-se em realidade.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Triplix



INDEPENDÊNCIA// LIBERDADE// SERIEDADE

Sueli Carvalho//Tânia Regina Cardoso//Martha Moro da Rocha

Autonomia financeira,//cultura,//paixão
liberdade de ação//alimento, //construção
e povo satisfeito.//país em crescimento.//sem utopias...


Jogo de Ilusão



Jogo de ilusão
Tânia Regina Cardoso//Carlos Duarte

Vai iniciar a partida...
façam suas apostas...

A sorte foi lançada
nesse jogo de cartas marcadas
valetes aguardam sua vez
onde todos querem ser rei,
a rainha amargurada,
em copas, totalmente fechada,
aguarda a possibilidade
da felicidade anunciada.
Corações feridos com espadas,
o negro paus, em letras manchadas,
ouro, talvez, a sorte esperada,
o par de obstinação
aguarda a decisão.
Existem regras definidas
onde o blefe é sedução
a sorte está estabelecida
a carta na manga escondida
o destino é o bate final,
o amor, o ideal.

Breves momentos...
indecisão,
adrenalina...
emoção.
A sorte está lançada
a partida encerrada
no jogo da vida
a grande entropia:
realidade
entre sonho e ilusão!




espero o jogo acabar
pra mim não tem hora
disso tudo terminar
eu jogo e quanto mais jogo,
acredito que não sei jogar.


o jogo que está jogando
pode ser perigoso
quando o jogador é duvidoso
o parceiro despreparado
não há lance...
quem sabe um jogo de sinais,
cartas marcadas,
lances desiguais
anulam os demais!

SP 25/08/2007

Me queres?



Me queres ?
Tânia Regina Cardoso


Me queres ? Esperes !
Talvez sigamos por estreitos caminhos,
vislumbremos horizontes perdidos,
em sonhos que estiveram escondidos
esperando por nossa decisão.

Me queres ? Não firas !
Não deixes essa lágrima perdida,
que rolou por toda uma vida,
nessa alma tão deprimida,
continue a alagar esse coração.

Me queres ? Conquistes !
Essa alma desesperada,
que chegou despreparada,
ficando totalmente dominada,
envolvida nessa torrente de paixão.

Me queres ? Eu quero !
Ser tua eternamente,
entregar-me docemente,
vivendo livremente,
esse amor sem contestação.

Silêncio


Silêncio
Tânia Regina Cardoso & Carlos Duarte

Seus silêncios me atormetam
são silêncios sábios
neles voam meus pensamentos
que procuram adivinhar onde estão os seus
penso em tí no calar de meus lábios
meus olhos fitam o vazio do seu semblante
meu silêncio não me faz mal
procuro nele um vestígio especial
se existe dor, mágoa...algum sinal
não machuco, não magôo, etc e tal...
onde está seu pensamento, afinal?
meu silêncio me faz pensar
talvez uma forma de divagar,
me faz sonhar e me faz viajar,
por mundos onde o sonho se concretiza
onde o amor se realiza
meu silêncio navega, quando deito e ao acordar,
meu silêncio vai longe, mesmo que pra te buscar,

eu procuro te encontrar
meu silencio me orienta,
mesmo quando falo demais e me embaraço

sinto o calor de teu afago
saiba que mesmo calado,
em meu silêncio, alcanço o teu abraço!


01/09/2007

domingo, 2 de setembro de 2007

Caixa de Pandora




Caixa de Pandora
Tânia Regina Cardoso

Descerro as cortinas do tempo,
abro a Caixa de Pandora,
revejo velhas feridas,
rebusco lembranças de outrora.
A esperança tão bem escondida
resulta a insegurança do agora
estanco os passos destemidos
a verdade é apenas um mito
argüidor, emana malefício,
tornando dias em suplício.
Não existe mais brilho,
a estrela morreu
há milhões de anos,
o frio abateu a vontade,
apenas o vácuo, o vazio,
alojado no caos
sem o sopro Divino
navego entre o bem e o mal.