domingo, 13 de abril de 2008

Você é meu Sonho


Você é o meu sonho
Tânia Regina Cardoso
Carlos Duarte

Você é o meu sonho,
sonho impossível,
então sempre querido.

nada que se é vivo,
se faz impossível
sonhos não são vivos,
mas são eternos,

transcede espaços,
move esperanças

como um trem em trilhos escassos
trilhos trançados que nunca se chocam
sonhos tem alma, são vivos em alma
e eternizados em sentimentos verdadeiros


correm espaços, rompem barreiras
integram-se em emoções certeiras
lúdicos constroem uma história
são sonhos mas existem em memória

estes que os tem guardados á mim
me honro ao saber,
me dignifico ao sentir
me realizam a ter você... em mim!

assim meus olhos
refletem o brilho dos teus
meu sonho existe
não se perdeu

viaja na velocidade do som
ao grito do EU TE AMO,
ao som do mar e a rapidez da luz,
clareia como luz... o teu olhar



24 de Setembro de 2006


Delírios


Delírios
Tãnia Regina Cardoso

Quero aquecer-me no calor de seu corpo
abraçá-lo e sentir a vida penetrando em meus poros
ser esculpida em cada milímetro pela maciez de seu tato
sentir o gosto de mel de seus lábios entreabertos
deixar a curiosidade invadir seus pensamentos
ser tua para sempre em todo e qualquer momento.

Quero ser a voz que tua razão obedece
o mimo delicado como a flor que floresce
o brilho da estrela que incandesce
o orvalho do seu dia que amanhece
o presente divino que nunca esquece
o canto mágico que nina e adormece

Quero sentir em você o fluir da vida
meu porto de origem em cada segundo
onde irei ancorar meus mais secretos desejos
depositados em ti serão sonhos benfazejos
almas que encontram-se em permanente eflúvio
Assim será sempre a visão do meu mundo. Você!


São Paulo, 12/04/2008

domingo, 6 de abril de 2008

Palco da Vida - Poema a 6 mãos



Palco da vida



O palco vazio
triste e frio
cortinas fechadas
luzes apagadas
continuo na platéia
te aplaudindo,
aplaudindo a vida,
uma projeção desvanecida,
ou aplaudindo o nada?




O palco não é nada
a platéia está lotada
alegres e felizes
luzes acesas, diretrizes...
cortinas estampadas
sempre escancaradas
a platéia enlouquecida
aplaudindo de pé, embevecida...
aplaudindo o tudo, a vida!



Haja luz de ribalta
hajam holofotes que permeiam a noite
ainda em êxtase
na doçura encantada do aplauso
a coragem assoma e o corpo se curva
mais que agradecimento
mais que encantamento
do tudo que rege a hora sobra o palco
... com as luzes acesas e o aplauso findo
não sobra espaço para a desilusão e o vazio



Tânia Regina Cardoso/Carlos Duarte/ Martha Moro da Rocha

Tosco




Tosco
Tânia Regina Cardoso


Diferente
se desprende,
as vezes tosco,
outras sensível,
são modos,
expressões

...indescritível.

Oculto, revela-se,
transpõe, impera.
Exposto, renega,
sem tempo
o intento
desfaz-se ao vento.
Chega o vazio,
no precipício,
apenas o eco
o fundo oco,
sonoro,
muitas vezes tosco,
esse sentimento
meu ou seu,
mas muitas vezes

...NOSSO.

SP 15/03/08

Para Martha - amiga-irmã

MARTHA

O dia que te conheci...
você sabe qual foi?
eu não sei
deve fazer séculos
passamos pelo tempo
saímos das profundezas do oceano
de sua beleza, exuberância,
submergimos,
na linha do tempo
nos erguemos,
atravessamos desertos áridos,
mas descobrimos os oásis,
bebemos e festejamos com o néctar
dos deuses da amizade
unidas...
embrenhamo-nos em florestas
com seus elmos, suas fadas,
bruxas do bem
fizemos poções de magia
em caldeirões repletos de intenções
de amar, ser feliz e brindar
a vida,
amores
sem rancores,
brindar a felicidade
de estarmos sempre lado a lado,
um brinde a nossa amizade
que não é por acaso
segue a linha do tempo
infinita
que por conseqüência cronológica
hoje aniversaria.



PARABÉNS MINHA QUERIDA AMIGA-IRMÃ!

Dissimulação - Duplix com Tânia Mara Camargo


DISSIMULAÇÃO
Tânia Regina Cardoso/ Tânia Mara Camargo

Mentira deslavada, / mente desajustada
Que mesmo desmascarada / escancarada
não traz rubor a cara / nem vergonha, nem nada!

Soneto para Théo


Soneto - Théo Drummond
Tânia Regina Cardoso

Ah, alma eterna que em teus olhos brilha
em busca de um coração que talvez o defina
versos que encantam nos sonetos que domina
com sensibilidade, sentimentos compartilha.

Na labuta diária, vencendo a guerrilha,
visões que refletem em sua retina,
faz dos versos a sua oficina,
plainando na alma, uma grande esquadrilha.

Théo, presente dos deuses, senhor da vitória,
bom senso e capacidade pela vida afora,
és companheiro, amigo, carinho, retidão,


Drummond, já é nome de poeta,
em versos apaixonados atinge sua meta,
contando sua história, plena de emoção.

SP 04/02/2008


CONFABULANDO



Confabulando
Tânia Regina Cardoso

Sou o início?
Sou o fim?
Não, sou o meio,
o recomeço do começo,
assim são meus medos,
as vaidades,
sonhos obsoletos,
talvez seja o instante
que me leva adiante,
vagando pelo mundo,
trilha desbravada,
entre sorrisos e lágrimas
mas seguindo a estrada,
palavras ao vento,
um dia a cada dia,
em todo momento
cogitando o tudo
no vácuo do nada.
Errante solitária,
na consagração imaginária,
qual será o futuro?
Fictício!
Confabula o universo
a felicidade ilusória.

SP 01/02/2008

Quando eu deixar de te amar


"Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu vou te amar
A cada despedida
Eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar.

E cada verso meu será..." (Vinícus de Moraes e Toquinho)


Quando eu deixar de te amar

Tânia Regina Cardoso

Quando esse amor acabar
não haverá poesia
a música esvair-se a no ar,
silêncio não tem melodia,
o verso não terá rima,
a vida perderá a alegria,
quando eu deixar de te amar...

quando esse amor acabar
sons não serão ouvidos,
o luar perderá seu brilho,
nem o bramido do mar
fará a vida vibrar,
suas ondas e escumas
não irão acalantar
o barquinho a naufragar
quando eu deixar de te amar...

quando esse amor acabar
após a tempestade não haverá bonança,
o vento forte não se transformará em brisa,
as névoas serão almas em agonia,
as trevas reinarão por toda uma vida,
e a saudade...
ah...a saudade, não cessará,
em mim fará moradia
quando eu deixar de te amar