domingo, 3 de fevereiro de 2008

Seu e meu, meu e seu




Seu e meu, meu e seu
Tânia Regina Cardoso//Carlos Duarte

Seus poemas são notas de amor,
teus... tão somente teus
em meu coração são tão meus, os seus...
em meus pensamentos, são tão teus,
os meus que teus são...

e se a mim ofereces,
o meu que é seu,
será seu o que é meu.
Não se oferece um braço,
ele apenas faz parte do corpo,
não se oferece uma perna
do corpo que a tem.
Você é um membro de um corpo teu,
um corpo que não tem dono,
se não te enxerga...
e se não enxerga,
é cego de rumo,
vagueia sem plumo
então não te ofereço o que já tem
de onde faz parte também.

... sou teu!


Não se oferece matéria
o corpo que degreda
que se destrói, que peca...
entrega-se a alma
jovem, bela, faceira,
musa de versos, companheira.

...sua eternamente serei!


"Eu vou te levar pro céu... para brindar o infinito de nós dois"

Perdeu-se - Dueto com JJ




Perdeu-se
Tânia Regina Cardoso//João Braga Neto


Perdeu-se
o consolo do instante
as palavras confortantes
vendo cenas sufocantes
realidade chocante!


Perdeu-se
a ilusão da felicidade
as rimas de sonoridade
por culpa de atrocidades!

Perdeu-se
o sublime
a emoção
a humanidade
e a razão!


Perdeu-se
a voz do coração
suavidade e calma
perdendo os olhos da alma!


Perdeu-se
a poesia
o eufemismo
a magia
o magnetismo
a fantasia
o romantismo
além da imaginação
de toda e qualquer razão!

Perdeu-se
o amor utopia
que era senhor da magia
a vida
que interferia em vidas
o encanto
que amenizava o pranto
e a sua melodia
que bem a todos fazia!

Perdeu-se
irremediavelmente
...a inspiração;
coração batendo em vão!

Confabulando



Confabulando
Tânia Regina Cardoso

Sou o início?
Sou o fim?
Não, sou o meio,
o recomeço do começo,
assim são meus medos,
as vaidades,
sonhos obsoletos,
talvez seja o instante
que me leva adiante,
vagando pelo mundo,
trilha desbravada,
entre sorrisos e lágrimas
mas seguindo a estrada,
palavras ao vento,
um dia a cada dia,
em todo momento
cogitando o tudo
no vácuo do nada.
Errante solitária,
na consagração imaginária,
qual será o futuro?
Fictício!
Confabula o universo
a felicidade ilusória.

SP 01/02/2008